A maioria dos alimentos que consumimos se transforma em glicose e dá ao nosso organismo a energia que ele precisa para exercer as funções voluntárias e involuntárias. Os carboidratos são responsáveis por fornecer a maior parte dessa energia, que também vêm das proteínas (animal ou vegetal) e das gorduras. O nutriente, principalmente na composição mais simples, é absorvido rapidamente e, por isso, ganha atenção redobrada em relação à dieta de pessoas com diabetes.
Rápida absorção significa se transformar mais rápido em glicose no sangue. Daí a importância de priorizar alimentos ricos em carboidratos de baixo IG (índice glicêmico), como fibras de cereais, amido resistente, gordura de fontes vegetais (gordura insaturada) e fontes magras de proteína. Por outro lado, açúcares refinados e grãos com alto índice glicêmico242,243 devem ser evitados.
A SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) orienta que, quanto mais integral, menos processado ou refinado, mais nutritivos serão esses alimentos. E melhores os benefícios que eles vão proporcionar à saúde244.
Isso não quer dizer que todos, principalmente as pessoas com diabetes, devem cortar os carboidratos e pronto. As dietas muito pobres em carboidratos podem resultar em cetose e são contraindicadas em gestantes e lactantes. Pacientes com doença renal crônica e com distúrbios alimentares também devem evitar dietas cetogênicas (baixo consumo ou nenhum de carboidrato). E vale ressaltar que pacientes que usam insulina devem sempre ser avaliados individualmente245.
Apesar de também ser classificada como carboidrato, a fibra não é nossa principal fonte de energia. Porém, seu consumo é importante tanto para prevenir quanto para tratar o diabetes. O ideal é que as fibras venham de diferentes fontes, como vegetais (de preferência as folhas), talos de hortaliças, sementes como as de linhaça, bagaços de frutas, farelo de aveia, feijões e outras leguminosas246.
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