Pré-diabetes: o que é, sintomas e tratamento

O pré-diabetes é uma condição em que a pessoa apresenta níveis de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes.
Isso significa que existe mais açúcar circulando na corrente sanguínea do que o necessário ou adequado. Neste caso, a principal complicação é a evolução para o diabetes tipo 2, uma doença crônica que, se não tratada, pode afetar vários órgãos e causar outros problemas de saúde graves.

Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA), metade das pessoas com este diagnóstico desenvolve diabetes tipo 2 no prazo de 3 a 10 anos1. O diagnóstico é feito a partir do resultado de glicemia em jejum com valores entre 100 mg/dL e 125 mg/dL ou com dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c ou A1c) entre 5,7 e 6,4%. Uma outra forma de identificar que os níveis de glicose estão acima da normalidade é por meio do teste oral de tolerância à glicose (TOTG), popularmente conhecido como curva glicêmica, que envolve a ingestão de uma solução contendo glicose após um período de jejum. Se os valores estiverem entre 140 mg/dL e 199 mg/dL após duas horas*, é um indicativo de pré-diabetes2.

Essa condição é silenciosa, não apresenta sintomas já que os níveis de açúcar no sangue não estão tão altos a ponto de o organismo manifestar algum sinal.

O que acontece no corpo de quem tem pré-diabetes?

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que desempenha papel importante na regulação dos níveis de glicose no sangue. Quando consumimos alimentos que contêm carboidratos, como massas, açúcares e pães, eles são transformados em glicose durante a digestão. Essa glicose é absorvida pela corrente sanguínea e transportada para as células do corpo. A insulina é responsável por permitir que a glicose entre nas células e seja utilizada adequadamente, o hormônio é como uma chave que abre uma porta, por exemplo.

No caso do pré-diabetes, ocorre uma resistência à insulina. Isso significa que as células têm dificuldade em responder à ação da insulina. Como resultado, os níveis de glicose no sangue aumentam. Ao longo do tempo se a resistência à insulina persistir e não for tratada adequadamente pode evoluir para diabetes tipo 23. Em casos raros, a pessoa pode apresentar escurecimento das dobras da pele nas regiões da virilha, axilas e pescoço.

Os fatores de risco do pré-diabetes

Alguns fatores de risco colaboram para o surgimento do pré-diabetes, sendo eles: histórico familiar, hipertensão, elevação de colesterol e obesidade ou sobrepeso. Isso porque a gordura corporal em excesso pode atrapalhar a produção ou ação da insulina no organismo.

O pré-diabetes pode ocorrer em qualquer momento da vida, mas o risco é maior a partir dos 45 anos. Existem também outros fatores de risco menos conhecidos: no caso das mulheres, a Síndrome dos ovários policísticos que é caracterizada por ciclos menstruais irregulares, junto com o aparecimento de pelos em áreas típicas do corpo masculino, como rosto e tórax e a obesidade. Há também o diabetes gestacional que aumenta as chances da mãe e do filho terem pré-diabetes. Qualidade de sono ruim e cigarro também são fatores capazes de aumentar a resistência à insulina3.

O tratamento do pré-diabetes

O pré-diabetes tem tratamento e pode ser revertido desde que a pessoa adote hábitos mais saudáveis de vida como alimentação equilibrada e prática de atividade física regularmente.
É importante dizer que reduzir o consumo de ultraprocessados e de alimentos ricos em açúcar, de farinha branca, gorduras e sal é fundamental nesse processo de cuidado com o pré-diabetes.

O exercício físico tem um papel importante para melhorar a resistência insulínica. Além de liberar várias substâncias que causam bem-estar, ele também resulta na perda de gordura corporal, que atrapalha a ação efetiva da insulina. Por isso, pequenas caminhadas diárias ou até exercícios mais intensos, como a prática de musculação e aulas de dança vão te ajudar nessa jornada de cuidado.

Em algumas situações, o uso de medicamento prescrito pelo médico é necessário para melhorar os níveis de glicose no sangue e evitar o diagnóstico de diabetes tipo 2.

Exames periódicos devem ser feitos para acompanhar a evolução do pré-diabetes e outros fatores de risco associados ao diabetes como hipertensão e níveis altos de colesterol no sangue4.

Mas e se você foi diagnosticado com diabetes... como o monitoramento contínuo pode te ajudar?

Adotar hábitos mais saudáveis de vida exige conhecimento e disciplina. Por isso, o uso do sensor de monitoramento de glicose FreeStyle Libre pode ajudar nessa jornada de conhecimento, uma vez que permite ter uma visão mais ampla sobre as oscilações dos níveis de açúcar no sangue.

O monitoramento é feito com um rápido scan de 1 segundo, sem picadas de dedo5 e sem dor6. O scan pode ser feito pelo leitor ou aplicativo FreeStyle LibreLink7. Após cada scan, o sensor envia os dados para o leitor ou aplicativo, fornecendo informações sobre as variações dos níveis de glicose e uma seta de tendência.

Assim é possível ver com mais clareza e precisão os principais fatores quem podem influenciar na flutuação da glicose, como: tipo de alimento consumido e os impactos no controle dos níveis de glicose ou até a forma como seu corpo reage a prática de um determinado exercício físico, auxiliando no ajuste do tratamento e na adoção de hábitos mais saudáveis. Além dessas vantagens, oferece resultados confiáveis8, gráficos e as setas de tendência que ajudam na tomada de decisão para manter a glicose dentro da faixa alvo determinada pelo seu médico.

Além disso, todos os dados registrados pelo sensor de glicose ficam armazenados9 e podem ser acessados pelo médico ou outro profissional de saúde que faz o acompanhamento por meio da plataforma FreeStyle LibreView10, desta forma as anotações dos resultados não são mais necessárias5.

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REFERÊNCIAS:

  1. American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2015: summary of Revisions. Diabetes Care. 2015; 38(Suppl 1) : s4. Disponível em: http://care.diabetesjournals.org/content/diacare/38/Supplement_1/S4.full.pdf. Acesso em 30/07/2023.

  2. PITITTO, Bianca de Almeida, DIAS, Monike Lourenço, MOURA, Fabio Ferreira de, LAMOUNIER, Rodrigo, VENCIO, Sérgio, CALLIARI, Luis Eduardo, BERTOLUCI, Marcelo. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/metas-no-tratamento-do-diabetes/#ftoc-tabela-de-recomendacoes Acesso em: 04/06/2023.

  3. Tipos de Diabetes. Pré diabetes. Disponível em: https://diabetes.org.br/tipos-de-diabetes/?gclid=Cj0KCQjw5f2lBhCkARIsAHeTvljjQPtkicgWLbCJcWV8jLhLC0-ayenQMSmxatxku5hnOuB0PB82QCQaAifNEALw_wcBonais: Acesso em: 02/08/2023.

  4. Giacaglia L, Barcellos C, Genestreti P, Silva M, Santos R, Vencio S, Bertoluci M. Tratamento farmacológico do pré-diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-9, ISBN: 978-65-5941-622-6. Acesso em: 02/08/2023.

  5. O teste de ponta de dedo é necessário se as leituras não corresponderem aos sintomas ou expectativas.

  6. Haak, Thomas., et al. Flash glucose-sensing technology as a replacement for blood glucose monitoring for the management of insulin-treated type 2 diabetes: a multicenter, open-label randomized controlled trial. Diabetes Therapy 8.1 (2017): 55-73

  7. O aplicativo FreeStyle LibreLink e o leitor FreeStyle Libre têm recursos semelhantes, mas não idênticos. Um teste de ponta de dedo usando um medidor de glicose no sangue é necessário durante os momentos de alteração rápida dos níveis de glicose, quando os níveis de glicose no fluido intersticial podem não refletir com precisão os níveis de glicose no sangue ou se hipoglicemia ou hipoglicemia iminente for relatada pelo aplicativo FreeStyle LibreLink ou quando os sintomas não corresponderem às leituras do aplicativo. O sensor FreeStyle Libre se comunica com o leitor FreeStyle Libre que o iniciou ou com o aplicativo FreeStyle LibreLink que o iniciou. Um sensor iniciado pelo leitor FreeStyle Libre também se comunicará com o aplicativo FreeStyle LibreLink. O aplicativo FreeStyle LibreLink só é compatível com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do FreeStyle LibreLink requer registro no LibreView.

  8. Bailey T et al. The Performance and Usability of a Factory-Calibrated Flash Glucose Monitoring System. Diabetes Technology & Therapeutics. 2015;17(11):787-794 *Com base na zona A e zona B da grade de erro de consenso

  9. Para ter um panorama glicêmico completo ao longo dos último três meses, o sensor deve ser substituído a cada 14 dias e o sensor deve ser escaneado no mínimo uma vez a cada 8 horas.

  10. A plataforma LibreView só é compatível com determinados sistemas operacionais e navegadores. Consulte www.libreview.com para obter informações adicionais

*de sobrecarga de glicose 75g.

ADC-79227 v1.0 07/23

 

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