Mitos e Verdades sobre o Diabetes

O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os cuidados e controle da glicose são essenciais para evitar complicações no futuro, que ocorrem quando o tratamento não é feito de forma adequada. Diante disso, é comum surgirem dúvidas e inúmeras informações erradas ou mitos que envolvem o assunto.

Neste texto, vamos esclarecer alguns mitos e verdades para afastar as informações falsas e te ajudar a entender melhor seu diabetes.

1. A pessoa desenvolveu diabetes por comer muito doce?

Mito. Embora uma dieta rica em açúcares possa contribuir com desenvolvimento de diabetes tipo 2, outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença. O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, em que o próprio sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Sem a produção desse hormônio a glicose não consegue entrar na célula e ser usada como fonte de energia, ficando acumulada na corrente sanguínea. O diabetes tipo 2, por sua vez, é uma combinação de fatores relacionados ao estilo de vida, que incluem excesso de peso, sedentarismo e predisposição genética.

2. Sobrepeso ou obesidade pode causar diabetes?

Verdade. O excesso de peso é um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, isso porque a gordura leva à resistência da insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue. Desta forma é importante reforçar a necessidade de hábitos saudáveis de vida e controle do peso para evitar o diabetes tipo 2.

3. Insulina causa dependência ou vicia?

Mito. A Insulina não vicia. É um grande erro achar que por estar usando insulina, você vai precisar de doses cada vez maiores. Quando uma pessoa passa a necessitar de insulina, significa que o organismo perdeu, parcialmente ou totalmente, a capacidade de produzir esse hormônio responsável por colocar a glicose dentro da célula. O aumento da dose se refere à necessidade de se atingir o controle glicêmico adequado. A quantidade de insulina prescrita pelo médico é algo individual e calculada de acordo com as metas glicêmicas a serem atingidas por cada um.

4. Diabetes é contagioso?

Mito. O diabetes não é transmitido por meio de espirros, sangue ou outras secreções. Por existir uma influência genética para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, muitas pessoas entendem que se seus parentes têm diabetes elas também terão, mas doença não é transmissível ou contagiosa. Apesar de o histórico familiar aumentar o risco da pessoa ter diabetes, não significa que todos os indivíduos dessa família desenvolverão a condição em algum momento da vida, mas é importante fazer acompanhamento e exames preventivos1.

5. Quem convive com diabetes pode comer frutas à vontade?

Mito. Equilíbrio é a palavra-chave. Frutas devem fazer parte do cardápio das pessoas com diabetes ou pré-diabetes, mas com moderação. As frutas têm frutose, que é o açúcar natural delas, que será transformada pelo corpo em glicose. As frutas são ricas em nutrientes e fibras que o corpo necessita. Além disso, são elementos importantes para baixar o colesterol, evitar o pico de insulina e para melhorar a digestão.

6. Algumas pessoas com diabetes podem doar sangue?

Verdade. Algumas pessoas com diabetes podem, sim, doar sangue. Desde que seus valores glicêmicos estejam normalizados. Se a pessoa tiver alimentação balanceada, praticar atividades físicas, e fazer uso de medicação oral, não há restrições para ser doadora. No entanto, pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2, em uso de insulina não podem ser doadoras.

7. Quando os níveis de glicose estiverem controlados, posso parar o tratamento?

Mito. Mesmo com os níveis de glicose controlados, a pessoa com diabetes precisa manter o tratamento, a monitorização da glicose e o uso de remédios ou insulinas prescritos. Os medicamentos só devem ser suspensos ou alterados pelo médico. O abandono do tratamento pode levar ao descontrole do diabetes e consequentemente aumentar o risco de complicações no futuro como IAM (infarto agudo do miocárdio), AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença renal crônica, perda de visão e até amputação.

8. Posso praticar atividade física à vontade para controlar a glicose?

Mito. O exercício físico é benéfico à saúde, mas eles devem ser realizados de forma programada e com alguns cuidados específicos. Por isso, é necessário conversar com o médico antes e monitorar a glicose antes, durante e depois da atividade física é essencial para evitar episódios de hipoglicemia ou até mesmo de hiperglicemia, dependendo do tipo de exercício. A pessoa com diabetes pode fazer exatamente o mesmo tipo de atividade e ingerir os mesmos alimentos, no entanto, seus níveis de açúcar no sangue podem ser totalmente diferentes do que esperava. Por isso, a importância de conversar com o médico para verificar qual a indicação dele sobre o seu nível glicêmico para praticar a atividade física com segurança.

9. Manter o diabetes controlado ajuda a evitar complicações graves?

Verdade. A adesão ao tratamento é a principal arma para manter a glicose controlada e evitar as complicações do diabetes no futuro. Desta forma, é fundamental que a pessoa com a condição faça a monitorização da glicose frequentemente, use os medicamentos por via oral ou injetável prescritas pelo médico, tenha alimentação equilibrada e faça atividade física regularmente.

10. Diabetes tem cura?

Mito. Apesar de existirem vários estudos no mundo que buscam encontrar a cura do diabetes, até o momento não há cura definitiva para diabetes tipo 1 ou 2. No entanto, o diabetes tipo 2 pode ser controlado e até entrar em remissão em alguns casos por meio de mudanças de estilo de vida, perda de peso, alimentação saudável e atividade física regular, mas isso não significa que se a pessoa voltar a ter maus hábitos de vida a glicose não volte a alterar.

11. Quem tem diabetes pode tomar cerveja?

Verdade. A cerveja tem um alto teor de carboidrato, que vira glicose no sangue. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes2, as pessoas com diabetes precisam ter cuidado ao consumir essa bebida. O consumo exagerado de bebida alcóolica pode ser prejudicial ao controle da glicose, pois aumenta os riscos de hipo e hiperglicemia.

A quantidade que máxima de cerveja que uma pessoa com diabetes pode beber por dia é2:
Homens: Até duas doses, que equivale a 710 ml.
Mulheres: Até 1 dose, que equivale a 355 ml.

 

12. Pessoas com diabetes podem comer pão?

Verdade. A pessoa com diabetes pode comer pão, mas sem exageros e com equilíbrio. A Associação Britânica de Diabetes3, afirma que o pão pode fazer parte de um plano alimentar saudável para o diabetes, no entanto, é fundamental controlar o tamanho das porções, dando preferência à versão integral do alimento para não ter um impacto no controle do açúcar no sangue.

13. Quem tem diabetes não pode comer açúcar?

Mito. Pode comer doces e outros alimentos ricos em carboidratos que são construídos por açúcares, desde que sejam em pequenas quantidades. No caso do chocolate, um quadrado ou dois do tipo meio amargo é uma boa opção, porque o cacau tem propriedades antioxidantes. Antes de ingerir os alimentos monitore a glicose no sangue e tome os cuidados necessárias para não atrapalhar o controle do diabetes e se estiver controlado, pode comer um doce. Além disso, é importante dizer que durante uma crise de hipoglicemia (glicose baixa) o consumo de açúcar ou carboidrato de rápida absorção, 15 gramas para uma pessoa adulta, é a melhor forma de tratar a crise e evitar problemas mais graves4.

14. Monitorar a glicose diariamente é fundamental para melhorar o controle do diabetes?

Verdade. O monitoramento da glicose é a principal maneira de acompanhar o tratamento do diabetes. O processo de medir os níveis de açúcar no sangue tem papel educativo para ajudar no entendimento das variações da glicose durante o dia, o impacto de alimentos e exercícios físicos e assim, na tomada de decisões rápidas. Além disso, auxilia o médico a realizar os ajustes no tratamento, de acordo com as necessidades identificadas pelo monitoramento diário da glicose e outros exames laboratoriais5.

Uma das opções de monitoramento contínuo da glicose é o sensor FreeStyle Libre. Com ele é possível enxergar o passado, o presente e o futuro dos níveis de glicose, através das setas de tendência6. O sensor aplicado na parte traseira do braço mede continuamente a glicose no líquido intersticial e, desta forma, consegue apresentar um panorama mais fiel do perfil glicêmico7. O monitoramento é feito com um rápido scan de 1 segundo, sem picadas de dedo8 e sem dor9, através do leitor ou aplicativo FreeStyle LibreLink10.

Além disso, não existe limite de verificação e o processo é discreto e prático, podendo ser realizado em qualquer lugar. Isso ajuda na adesão e até alivia a rotina de pais e crianças quando estão na escola ou dormindo.

Todos os dados registrados pelo sensor ficam armazenados7 e podem ser acessados pelo médico ou outro profissional de saúde que faz o acompanhamento por meio da plataforma FreeStyle LibreView11, desta forma as anotações dos resultados não são mais necessárias8.

O sensor FreeStyle Libre também permite identificar com mais clareza e precisão os principais fatores que podem influenciar na flutuação da glicose, como: tipo de alimento consumido e os impactos no controle do diabetes ou até a forma como seu corpo reage a prática de um determinado exercício físico, auxiliando no ajuste do tratamento e na adoção de hábitos mais saudáveis. Além dessas vantagens, oferece resultados confiáveis9, gráficos e as setas de tendência que ajudam na jornada com o diabetes, oferecendo mais informação, adesão ao tratamento e mais controle do diabetes, reduzindo os riscos de complicações no futuro.

Para saber mais sobre FreeStyle Libre e receber conteúdos exclusivos se cadastre no formulário abaixo.

REFERÊNCIAS:

  1. LEAL, Bruna, FRANCO, Débora, TELÓ, Gabriela. Desvendando o diabetes: 5 mitos sobre a doença. 2020. Disponível em: https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/2020/11/02/desvendando-o-diabetes-5-mitos-sobre-a-doenca/#:~:text=O%20diabetes%20é%20classificado%20como,espirros%2C%20sangue%20ou%20outras%20secreções. Acesso em 03/08/2023.

  2. PEDROSA, Hermelinda, NETO, Augusto Pimazoni. Diabetes e álcool: cuidado com essa mistura perigosa. Disponível em: https://diabetes.org.br/diabetes-e-alcool-cuidado-com-essa-mistura-perigosa-2/ Acesso em 03/08/2023

  3. The British Diabetic Association. Bread and diabetes. Disponível em: https://www.diabetes.org.uk/guide-to-diabetes/enjoy-food/carbohydrates-and-diabetes/bread-and-diabetes Acesso em 09/08/2023

  4. CAMPOS, Leticia Fuganti. Hipoglicemia: qual a melhor forma de corrigir? Disponível em: https://diabetes.org.br/hipoglicemia-qual-a-melhor-forma-de-corrigir/ Aesso em 03/08/2023

  5. PITITTO, Bianca de Almeida, DIAS, Monike Lourenço, MOURA, Fabio Ferreira de, LAMOUNIER, Rodrigo, VENCIO, Sérgio, CALLIARI, Luis Eduardo, BERTOLUCI, Marcelo. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/metas-no-tratamento-do-diabetes/#ftoc-tabela-de-recomendacoes Acesso em: 30/07/2023.

  6. A seta de tendência de glicose talvez nem sempre apareça com sua leitura

  7. Para ter um panorama glicêmico completo ao longo dos último três meses, o sensor deve ser substituído a cada 14 dias e o sensor deve ser escaneado no mínimo uma vez a cada 8 horas.

  8. O teste de ponta de dedo é necessário se as leituras não corresponderem aos sintomas ou expectativas.

  9. Haak, Thomas., et al. Flash glucose-sensing technology as a replacement for blood glucose monitoring for the management of insulin-treated type 2 diabetes: a multicenter, open-label randomized controlled trial. Diabetes Therapy 8.1 (2017): 55-73

  10. O aplicativo LibreLinkUp só é compatível com determinados dispositivos móveis e sistemas operacionais. Verifique o site www.librelinkup.com para obter mais informações sobre a compatibilidade do dispositivo antes de usar o aplicativo. O uso do LibreLinkUp e FreeStyle LibreLink requer registro no LibreView. O aplicativo móvel LibreLinkUp não se destina a ser um monitor primário de glicose: os usuários domésticos devem consultar seu(s) dispositivo(s) primário(s) e consultar um profissional de saúde antes de fazer qualquer interpretação médica e ajustes de terapia a partir das informações fornecidas pelo aplicativo

  11. A plataforma LibreView só é compatível com determinados sistemas operacionais e navegadores. Consulte www.libreview.com para obter informações adicionais

ADC-79228 v1.0 07/23

 

Como entender mais sobre diabetes

Pré-diabetes: o que é, sintomas e tratamento